Dedico esta postagem à pessoa que estava comigo nessa outra vida.Ele não sabe bem, ao certo, o que aconteceu de verdade. tenho certeza de que ele, ao ler em algum momento tudo isto, vai entender. Pois nossa passagem tem sido meio conturbada. nenhum dos dois entendia bem o que estava acontecendo e o que acontece.Eu mesma tive dúvidas, mas aqui em meu coração, sinto um cunho de realidade em tudo isto que vou relatar.
Primeira parte:
Um casal que se defendia de tudo juntos, cada um com seu punhal, na mesma força sempre lutando para sobreviver.Pouco tempo para estarem juntos em seus momentos de amor, mas quando o faziam era de tamanha extravagância e sensualidade. Na verdade eram de tribos diferentes e essa era sua grande dificuldade e assim foi pelo resto da vida de ambos.Além disso, ele não podia ter filhos, isso contribuiu porque fosse deserdado.
Houve casamento cigano, um pacto, em que os dois entregaram colares um para o outro e juraram cuidar um do outro pela vida inteira.Numa mistura de irmão e amantes que se completavam em tudo
O cigano morreu bem antes e deixou seu amor sozinho, numa estrada, enlouquecida de amor e de saudades.Ela perdeu toda sua força, retirou-se da tribo, vagava pelas estradas, pelas noites, clamando por ele que havia sido morto em confronto com uma tribo.Houve tentativa de roubá-la e ele, em sua defesa foi morto brutalmente, pelas costas.Ambos desencarnaram muito cedo, antes dos seus trinta anos.
Os desafios voltam a ocorrer nesta vida, o amor existe em grande proporção, mas deverão lutar para que não sejam separados por golpes alheios.
Cada vez que um deles enfraquecer, não conseguirá vencer mais essa demanda que se lhes apresenta nesta vida.
Muitos tentarão afastar os dois novamente, e precisam ter força para entender que isso se repete, porque ele foi morto por falta de cuidado no momento de se defender.Desconfiou do destino que havia lhe sido mostrado várias vezes, possuía poderes especiais e não soube usá-los de maneira correta.
Verão que, em conversa, poderão relatar situações que lhes ocorrem nesta vida bem parecidas com as que viveram na outra, outro contexto de época, mas o sentido é o mesmo.Nunca escondam um do outro seus sentimentos, porque os irá enfraquecer em suas vidas, sejam sinceros um com o outro, relatem entre si suas experiências.
A força intuitiva os unirá sempre e não deixem para trás seus desafios pessoais.
Não tentem cortar de modo abrupto aquilo que os une, seja no bem material, seja o bem espiritual.Precisam de muitas conversas entre si para que possam entender o que acontece com ambos, um saberá esclarecer o outro, apoiar-se mutuamente, como em outra vida.Juntos poderão potencializar seus dons, juntos, poderão ter uma vida plena de recompensas, mas não quebrem mais o pacto que existe entre ambos, na certeza de se perderem pelo caminho novamente.
Orem para seus guias, de modo a reforçarem seus laços, de serem protegidos em suas lutas diárias.Compartilhem, antes de tudo, sempre.
Amem-se verdadeiramente e não deixem a dúvida pairar em suas cabeças.
Reforcem seus desejos espirituais, consagrem-se em alma e essência. Não duvidem um do outro, tenham paciência para superar seus desafios.
O passado de ambos se foi, com lembranças não muitas boas, freqüentemente marcadas pela crueldade, pelo cinismo, pelo desamparo.
Um recebe o outro hoje e que saiba fazer desse resgate algo proveitoso para suas vidas.
O medo sempre lhes acercará, como se sentissem que um pode perder o outro novamente.Essa tendência vai se suprimir na medida de apoio mútuo, do carinho extravasado em boas palavras e estímulo.
Está lhes sendo entregue novamente a chance de reconstituírem suas vida, pois cessa aqui uma vida pesada e marcada pelo abandono de amores, pelas perdas materiais.
Se desejarem firmemente isso, a bênção lhes será atribuída.
Hoje entendi um pouco mais sobre o que vem nos acontecendo, ele, principalmente, tem estado pensativo e se questiona a todo momento sobre destino.
No mesmo dia em que íamos nos encontrar, visualizei todos meus relacionamentos amorosos que tive até hoje antes dele. Chorei um pouco até. Lembrar-me de que ia vê-lo me dava tremedeiras, calafrios, suores.Algo que nunca havia passado antes.
Na rua, parecia que estávamos lá e cá, nesta vida e na outra simultaneamente, um acoplamento de vivências.
No dia seguinte, inexplicavelmente, comecei a escrever em idioma cigano. Preocupei-me, afinal, poderia estar sofrendo um golpe de ilusão. Mas não, tudo aquilo que escrevi me foi constatado como sendo um dos idiomas ciganos por amigos que o conhecem: entre basco e catalão.Ele sente culpa de ter te deixado sozinha por imprudência. Pôde ter te acompanhado e presenciado em que ficou depois da partida dele.
Infelizmente, não foi a ele dado o dom de te resgatar de onde estava.
29/12/07
À noite antes de dormir me surge uma cigana com uma adaga querendo me assustar.Imediatamente meu cardíaco começou a doer profundamente, me sentia de novo nesta vida e em outra simultaneamente.Como se fosse um pesadelo.Ainda não entendo por que essas lembranças dolorosas têm me acompanhado e a função delas emergirem assim.No mesmo instante tive vontade de estar perto dele para que pudesse me ajudar dessa imagem. Ao mesmo tempo em que seu companheiro espiritual zelava por mim e observava tudo, estava imersa nessa lembrança passada e ainda presente.Não me sinto preparada para estar vivenciando tudo isso, mas ao mesmo tempo sei que há essa necessidade, para que eu prossiga reconhecendo o que já passou, Sinto que muitos dos desafios que enfrento estiveram presentes de maneira semelhante nessa outra vida.Pessoas que se fazem de meus amigos nesta existência, já tentaram me matar em outra.Muitas foram as vezes em que tentaram me matar.Uma delas, que me lembrei, foi o fato de eu estar amarrada em um barco, que foi lançado a um rio.Logo em seguida, fiz orações e pedidos para que tudo aquilo me fosse dissipado de minha mente.Um circulo de fogo se fez a minha volta, como se fosse uma proteção.
A cabana
Vi-me junto dele depois de um dia cansativo. Era uma pequena cabana.Não havia cama ali, mas um tapete de lá de carneiro, uma fogueira.Ele me fez deitar, me cobriu com uma manta, deitou-se ao meu lado. Afagava-me os cabelos e meu rosto e todo seu conforto me aquecia até que eu adormecesse.Assim foi ontem, quando tive essa lembrança da adaga e da mulher que veio me assustar.Senti que ele adentrava minha casa, deitou-se junto a mim, me afagou o rosto e os cabelos.Pediu que eu fizesse uma contagem decrescente, em que dizia me levar um pouco mais longe daqui.Assim adormeci junto dele, ainda que não estivesse pessoalmente aqui.
Tudo isso que visualizo mais me causa dor do que alegrias, porque sei que são elementos dos quais devo ter consciência absoluta. Antigos desafios que se repetem.
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