27 de abril de 2009

Carta de um cigano apaixonado


Carta de un gitano apasionado
Yo te sembré em mi corazón como mi diosa gitana
Pero el destino ingrato me sacó de ti antes mismo que yo pudiese tenerte en mis brazos, volviendo a retomar nuestra vida en un pasado lejano.
Tu sonrisa así me quedó como una luz del sol en la mañana de Primavera.
Deseé tocar tu rostro, sentir tu perfume, besar tus manos y tomarte en mi corazón eternamente, calin.
Triste daquel que espera tanto para irse hasta al que desea
Pobre y miserable lo que dispone de reglas para amar o encantarse
Nadie está imune a la fuerza del amor, entonces, sigue y no te deje lo que mas desea.
Ábrete sencillamente al eterno a esa tenue energia de cariño, de deseo que nos hace vibrar todo el cuerpo y alma.
Tu sabrás cuando están amándote, muchos te aman a la distancia y pronto te llegarán.
No niegue amor y toda la paz de tu corazón de gitana, con esa dulzura de los días amenos, con este calor que pulsa de tu cuerpo y de tu corazón, con esa luz insana que brilla de tus ojos morenos, toca y se deje lleve a los pocos esa tu calidez de tus labios.
Pulsa tu deseo en el cuerpo de los que te merecen.
Ame en la raiz de la palabra, hágate amor
Libera a los corazones que te deseen, gitana.
Tu dulzura y encanto firmarán en mi pensamiento.
Pero te dejo sin volcarme al engodo del egoismo de los que no saben amar.
Te dejo así, blanda y pura.
Mira, tu cuerpo es limpio de lujuria, tu ala es el carmin del sol que se pone.
Ama, entrégate sin miedo.
Que persigas tus sueños encantados de amor.
Diós te ensenãrá los que a ti te merecen.
No deja las lágrimas del arrepentimiento mezclarse al dulce perfume de tu carmin.
Mi gitana.
Te quiero mucho.
SP 11/12/08
Un gitano
Recebida por Fernanda Luz


Tranquila...


Assim, quando me apercebo das presenças que se acendem em minha vida
Doces sopros de gente que sofre, que luta, evolui e não alardeia
Nestes instantes divinos que lições me são mostradas diariamente
De gente que guerreia,que chora sozinha
Que constrói e tece seu dia devagar, nas sagradas horas desse tempo que se esvai rapidamente.
Dessa forma, os vejo criando aos poucos seus sonhos, desfazendo-os e criando-os, com colcha de retalhos de sua dura vida...
Seu fardo pesado, mas carregado com alegria e fé.
Creio naqueles que não desistem jamais e tem consagrado a sagrada palavra de Deus em seu coração.
Creio nessa divindade que me mostra o caminho, ainda que espinhoso
Pois sei que esse é meu caminho.
E nesse meu caminho encontro algumas máscaras que se desfazem no espelho da verdade
Ouço palavras mentirosas, que ingenuamente insulflam um ego dissonante
Assim, vejo os que se reencontram nesta jornada apenas para compartilhar suas dores e agregar suas vidas na minha...
Hoje, escolho quem serão meus companheiros de jornada, aqueles que estão perto de mim não só para repartir o doce, mas deixar o amargor mais suave, quem sabe?
Não aceito mais as amizades que têm como fundamento uma fatura futura.
Meu coração é liberto de preconceitos. e deixa-se navegar na minha liberdade assim à toa.
Não temo a solidão, ela me traz evolução.
Não temo o dizer "não", isso me faz analisar melhor o "sim" eterno de deixar que se aconcheguem na minha morada, no meu coração aqueles que sabem repartir do carinho verdadeiro, sem que me cobrem ou me ofereçam seu apego cortante.
E assim navego, assim caminho, assim evoluo tranquilamente.
Não tenho mais a vontade de prender ninguém em meu caminho que não seja o que deseja compartilhar viver paralelamente, sem desgastes emocionais, sem críticas malfazejas.
Preciso viver tranquila, em paz e tendo em mente que cultuo meu divino santuário- coração com que vale à pena.
Sigam seus caminhos os que tentam me podar ou que têm em si a curiosidade violenta de ver-me tropeçando.

Fernanda Luz

Aprendi e Decidi (Walt Disney)



E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...

Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.

Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.

Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.

Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.

Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.

Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.

Naquele dia, descobri, que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido.

Deixei de me importar com quem ganha ou perde, agora, me importa simplesmente saber melhor o que fazer.

Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.

Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar a alguém de "Amigo".

Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida".

Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha própria tênue luz deste presente.

Aprendi que de nada serve ser luz se não vai iluminar o caminho dos demais.

Naquele dia, decidi trocar tantas coisas... Naquele dia, aprendi que os sonhos são somente para fazer-se realidade.

E desde aquele dia já não durmo para descansar... Agora simplesmente durmo para sonhar.

15 de abril de 2009

Toada de boiadeiro


Meu chicote é só pra anunciar a boiada que vem chegando, trazendo bons tempos de fartura e abundância.
Toco meu aboio, sigo em paz e feliz pelas lutas vencidas nesse mundo afora.
Trago as mãos calejadas de semear por onde caminhei...
Muitos desejaram que eu esmorecesse, mas sigo com força e fé em Nossa Senhora.
Sigo, sabendo que sou merecedor
Sigo, na busca do além, do sol
Vejo em seus olhos uma alegria que há tempos não havia
Pois colocas de novo flores na janela e cantarolas suavemente
Mereces esses momentos de paz e contentamento, sabendo que as travas de seu caminho foram dissipadas por tua fé.
Hoje de consolo tens meu alento de boiadeiro
Meu abraço cheirando à terra
Meu sorriso largo
Tomo minha aguardente a mirar tua colheita
Não estivestes solitária em tuas buscas
Ainda que te faltassem amigos de verdade
Ainda que a falsidade se escondesse atrás das moitas
Tivestes fé e prosseguiste...
Seguindo, pé na estrada...
Observei teu fervor
Tua vontade de seguir sob as tempestades
Assim, doce morena
Abraço-te firmemente
Abrindo teus caminhos com minha boiada
Com a força de meu chicote para abrandar o inimigo implacável
Deixo-te agora, nesta sagrada hora da Ave Maria
Com o sopro bando de alento e proteção.

Inácio da Porteira: boiadeiro
Por:Fernanda Luz

14 de abril de 2009

Dom Hélder se manifesta por meio de psicografia




"NOVAS UTOPIAS

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1.999 em Recife, Pernambuco.É do conhecimento geral, principalmente dos católicos brasileiros: Dom Elder Câmara foi um dos fundadores da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro, cuja luta, nesse processo político da nossa história, o notabilizou no mundo todo, como uma das figuras mais expressivas do século XX, na defesa dos fracos contra a tirania dos fortes e dos pobres contra a usura dos ricos. Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz.
Em 1969 - Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Saint Louis, Estados Unidos. Este mesmo título foi-lhe conferido por diversas universidades brasileiras e estrangeiras: Bélgica, Suíça, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá e Estados Unidos. Foi intitulado cidadão honorário de 28 cidades brasileiras e da cidade de São Nicolau, na Suiça e Rocamadour, na França.
Recebeu o prêmio Martin Luther King, nos EUA e o prêmio Popular da Paz, na Noruega e diversos outros prêmios internacionais.
Por isso, o livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1.966 a 1.975 e tem 30 livros publicados.Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano. É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento.
No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados a Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.
A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.
Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.
Do outro lado da vida, o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?
Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.
Como é sua rotina de trabalho?
A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.
Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.O senhor, depois de desencarnado. Tem estado com freqüência nos centros espíritas?Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.
O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?
Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.
Mediunidade - Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.
Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo?
Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, sentir a necessidade de me expressar por um médium, quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.
Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país?Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.
Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.
O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.
É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?
Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.
Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.
Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?
Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.
O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.
Espíritas no futuro?
Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.
Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?
Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou de outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.
Amor - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora depois da morte?
Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.
Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?
Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.
Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar. "

Livro: Novas Utopias
Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira
Editora: Dufaux
site: http://www.editoradufaux.com.br/

A renovação espiritual da humanidade está acontecendo agora


Presenciamos atualmente o nascimento de um novo mundo. A luz de uma nova esperança chega à consciência das massas, preparando todos para a união.

O ano de 2009 será repleto de desenvolvimentos estimulantes em todos os setores da vida, de modo que mudanças significativas e duradouras possam ser feitas. É aconselhável manter-se um observador(a) informado(a), sem se deixar arrastar emocionalmente pelos eventos.

Durante milênios, todas as atividades políticas e religiosas têm sido negativas e projetadas para manter a maioria das pessoas prisioneiras das sombras. Através do medo as forças controladoras manipulam as escolhas de livre-arbítrio das massas. Atualmente, muitos temem as previsões de desastres; é aconselhável, porém, ignorar tais mensagens, não entregando a elas a sua energia.

Os desastres acontecem apenas àqueles que não se alinham com a luz; quanto mais pessoas começarem a desejar um mundo de paz e harmonia, mais rapidamente as sombras se desintegrarão.

Chegou a hora de transformar o passado, incluindo experiências de relacionamentos mal entendidos. Decida simplesmente retornar à paz.

O despertar é um processo individual no qual descobrimos habilidades e valores em nós mesmos dos quais não tínhamos consciência anteriormente. Quando esses predicados são aplicados em nossas experiências diárias, ajudamos a implementar o processo de reforma. Desse modo podemos participar na promoção do progresso.

É uma questão de sintonia com as forças de orientação interiores.

Foi necessário que a humanidade passasse, no decorrer do seu processo de despertar, por um período de ´tentativa e erro`, para que pudesse aprender o discernimento. Quando a mente estiver treinada a abrir-se à voz do coração, as experiências serão bem mais criativas, espontâneas, cooperativas e emocionalmente recompensadoras. A pergunta é, então: o quanto somos livres?

O livre-arbítrio é um princípio universal. Trata-se de um conceito não muito bem compreendido. Há pouca experiência de livre-arbítrio em nosso mundo, por causa da programação cultural, pressões econômicas, rituais, hábitos, etc. Contudo, o livre-arbítrio está ao alcance de todos. Refere-se à escolha da atitude que uma pessoa assume nas experiências que atrai de momento a momento em sua vida. Por exemplo, quando algo acontece, a reação a esse evento é amplamente determinada pelo condicionamento que a pessoa recebeu e pelas características de sua personalidade, que é desenvolvida em parte por condicionamentos astrológicos, genéticos e psicológicos.

Essas energias, somadas às pressões ambientais, fazem de nós aquilo que somos, ditando as reações e as escolhas que fazemos ao nos expressarmos no que diz respeito a nossas experiências. São os condicionamentos que fazem de nós o que somos, e são os condicionamentos que escolhem por nós. Há, no entanto, uma área onde temos livre-arbítrio. Trata-se de nossa capacidade de escolher evoluir e viver uma vida livre das programações, confiando que o coração guie nosso processo de vida.

Exercitar nosso livre-arbítrio é a experiência de felicidade. Contudo, o livre-arbítrio depende do conhecimento que temos de nosso próprio poder. A felicidade depende do amor que damos e recebemos. Para conhecermos a verdade, devemos encará-la sem a interferência do filtro de nossas crenças. O que parecia impossível em nossa história, muitas vezes tornou-se possível. Nosso futuro será ainda mais surpreendente à medida que descobrirmos o pior e o melhor.

Ao tomarmos decisões baseadas no livre-arbítrio e gerenciarmos nossos próprios assuntos, poderemos atingir a maturidade espiritual e mental por nossa conta. Isto é evoluir. A evolução somente é interrompida devido à falta de desejo de unificação, à ignorância, à indiferença e ao medo.

A maioria das pessoas pensa em termos de prosperidade material e assim acumula somente objetos quando, na verdade, o que importa é nos tornarmos seres conscientes.

O objetivo é de se unir e realizar um projeto comum em que todos os povos e culturas possam, por sua vez, se unir e curar as energias sombrias que nos mantêm separados. A liberdade é construída dia após dia, à medida que nos tornamos conscientes de nós mesmos e do ambiente em que vivemos. Nossa história até aqui é de guerras entre culturas e entre pessoas, sendo as conquistas sempre em detrimento dos outros.

Muito embora cada um de nós, enquanto filho da luz, tenha muitas qualidades e capacidades potenciais, são poucos os que podem exercê-las com dignidade, devido à falta de educação útil.

A educação e as condições da vida diária, incluindo a vida animal e vegetal, são controladas pelos representantes políticos, financeiros, militares e religiosos, forçando a maioria das pessoas a se tornar escrava de um sistema cruel que oferece riqueza para poucos e pobreza para muitos.

Quando as verdadeiras regras do jogo forem conhecidas, entenderemos que não se trata absolutamente de vencermos os outros, mas sim de conquistarmos a nós mesmos. O número de pessoas que começaram a despertar cresce diariamente e intenções cooperativas amorosas mostram uma atitude diferente para com a vida. Simultaneamente, porém, um trabalho de sabotagem é conduzido inteligentemente para sufocar esse serviço amoroso dirigido aos outros.

Não é fácil exercer o livre-arbítrio, pois é pesadamente bloqueado e manipulado pelos que querem a todo custo impedir que as nações deste mundo cheguem à paz e se unam umas às outras; as sombras obtêm sua força pela sua capacidade de criar a desconfiança e o medo.

Essas energias ferem nossa verdadeira natureza.

Tornando-nos conscientes da dádiva inestimável do livre-arbítrio, somos motivados a buscar um ponto de vista alternativo, mais holístico em relação à vida, onde aprendemos a ciência da interação construtiva e, consequentemente, entendemos melhor a consciência.

Cada um de nós é convidado a participar e fazer um esforço consciente para construir o mundo que deseja. A indiferença constitui uma negação do livre-arbítrio.

Quando sabemos que somos nós a criar nossa realidade com nossas intenções e pensamentos, logo procuramos limpar aqueles pensamentos que não são saudáveis, já que eles podem, de fato, criar uma situação incômoda para nós.

Quando finalmente avançarmos para uma consciência superior, o mundo será definitivamente baseado no reconhecimento.

Robert Happé - www.roberthappe.net

12 de abril de 2009

Aprendi...William Shapeskare



“ Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém.

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi...Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.

Que por mais que se corte uma pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.

Mas, aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.

Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sente.

Aprendi que perdoar exige muita prática.

Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e que eu tenho que me acostumar com isso.

Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;

Aprendi que numa briga preciso escolher de que lado eu estou, mesmo quando não quero me envolver.

Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.

E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.”

William Shakespeare

Parábola dos talentos: Rubem Alves


Havia um homem muito rico, possuidor de vastas propriedades, que era apaixonado por jardins. Os jardins ocupavam o seu pensamento o tempo todo e ele repetia sem cessar: "O mundo inteiro ainda deverá se transformar num jardim. O mundo inteiro deverá ser belo, perfumado e pacífico. O mundo inteiro ainda se transformará num lugar de felicidade." Suas terras eram uma sucessão sem fim de jardins, jardins japoneses, ingleses, italianos, jardins de ervas, franceses. Era um trabalhão cuidar dos jardins. Mas valia a pena pela alegria. O verde das folhas, o colorido das flores, as variadas simetrias das plantas, os pássaros, as borboletas, os insetos, as fontes, as frutas, o perfume...
Sozinho ele não daria conta. Por isso anunciou que precisava de jardineiros. Muitos se apresentaram e foram empregados. Aconteceu que ele precisou fazer uma longa viagem. Iria a uma terra longínqua comprar mais terras para plantar mais jardins. Assim, chamou três dos jardineiros que contratara, Paulo, Hermógenes e Boanerges e lhes disse: "Vou viajar. Ficarei muito tempo longe. E quero vocês cuidem de três dos meus jardins. Os outros, já providenciei quem cuide deles. A você, Paulo, eu entrego o cuidado do jardim japonês. Cuide bem das cerejeiras, veja que as carpas estejam sempre bem alimentadas... A você, Hermógenes, entrego o cuidado do jardim inglês, com toda a sua exuberância de flores pelas rochas... E a você, Boanerges, entrego o cuidado do jardim mineiro, com romãs, hortelãs e jasmins." Ditas essas palavras ele partiu. O Paulo ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim japonês. O Hermógenes ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim inglês. Mas o Boanerges não era jardineiro. Mentira ao se oferecer para o emprego. Quando ele viu o jardim mineiro ele disse: "Cuidar de jardins não é comigo. É trabalho demais..." Trancou então o jardim com um cadeado e o abandonou. Passados muitos dias voltou o Senhor dos Jardins, ansioso por ver os seus jardins. O Paulo, feliz, mostrou-lhe o jardim japonês, que estava muito mais bonito do que quando o recebera. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Veio o Hermógenes e lhe mostrou o jardim inglês, exuberante de flores e cores. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Aí foi a vez do Boanerges. E não havia formas de enganar.
"Ah! Senhor! Preciso confessar: não sou jardineiro. Os jardins me dão medo. Tenho medo das plantas, dos espinhos, das taturanas, das aranhas. Minhas mãos são delicadas. Não são próprias para mexer com a terra, essa coisa suja... Mas o que me assusta mesmo é o fato das plantas estarem sempre se transformando: crescem, florescem, perdem as folhas. Cuidar delas é uma trabalheira sem fim. Se estivesse no meu poder, todas as plantas e flores seriam de plástico. E a terra seria coberta com cimento, pedras e cerâmica, para evitar a sujeira. As pedras me dão tranquilidade. Elas não se mexem. Ficam onde são colocadas. Como é fácil lavá-las com esguicho e vassoura! Assim, eu não cuidei do jardim. Mas o tranquei com um cadeado, para que os traficantes e os vagabundos não o invadissem." E com estas palavras entregou ao Senhor dos Jardins a chave do cadeado. O Senhor dos Jardins ficou muito triste e disse: "Esse jardim está perdido. Deverá ser todo refeito. Paulo, Hermógenes: vocês vão ficar encarregados de cuidar desse jardim. Quem já tinha jardins ficará com mais jardins. E, quanto a você, Boanerges, respeito o seu desejo. Você não gosta de jardins. Vai ficar sem jardins. Você gosta de pedras. Pois, de hoje em diante, você irá quebrar pedras na minha pedreira..."

Rubem Alves

Voce se Sabota ? por Roberto Dantas


Muitas vezes nos damos conta de que nada dá certo para nós e, o pior, percebemos também nossa responsabilidade em tais situações. Ocorre que também nos damos conta de que apesar de termos contribuido para isso, conscientemente não o queríamos...

A pessoa que vive nesse padrão de comportamento, apesar de até ter consciência disso, não consegue mudar e se pega novamente vivendo o mesmo roteiro, sempre, e tudo dá errado. Ela não percebe mas vê o mundo sempre e somente pelo lado negativo. Chamamos isso de conduta de Fracasso ou Auto-Sabotante.

Este distúrbio de personalidade, apesar de muito comum, não é oficialmente reconhecido pois não é um distúrbio puro, ou seja, está sempre associado a vários outros distúrbios, o que dificulta sua catalogação. Quase sempre a Conduta de Auto-sabotagem está associada à ansiedade ou à inferioridade, mas nem sempre é assim, pois ela pode se manifestar em várias síndromes.

Na Conduta de Fracasso ou Auto-Sabotagem o indivíduo sempre opta pelo lado negativo das situações, mas não o faz conscientemente, pois na verdade ele vê o mundo assim mesmo e não enxerga o lado bom das coisas. Ele se acha devedor e sempre deve ser rejeitado pelos outros segundo sua visão de mundo. Muitas vezes o indivíduo acaba por provocar ressentimentos e cólera dos outros que convivem com ele, fazendo com que eles o tratem de forma negativa. Inconscientemente o indivíduo com Conduta de Fracasso sente alguma premiação, ou seja, recompensa psíquica quando os outros o tratam assim.

Um exemplo: um sujeito não cumpre os compromissos que assume com familiares. Isso faz com que os familiares briguem e o desvalorizem e assim o ciclo se fecha e ele está satisfeito psiquicamente, mesmo que se sinta desvalorizado e depressivo por isso.

Muitas vezes uma pessoa entra nessa conduta por sentimentos de culpa, agindo assim para "pagar" por alguma coisa que não deveria ter feito a outra, e se auto-culpando, acredita-se não digna de ter sucesso na vida; muitas vezes ocupa cargos abaixo de suas qualificações por não se sentir apto.

Existe também o comportamento da pessoa que estuda, estuda e nunca se acha pronto para exercer uma função. Ligada muitas vezes à timidez ou à insegurança, busca, na verdade, evitar a possibilidade de frustração, mas na prática acaba se frustrando. No mesmo exemplo pode ser também que a pessoa se sinta, no seu inconsciente, superior aos outros e evite a exposição pois esta levaria à possibilidade de provar que ela não é tão superior assim.

Muitos distúrbios de personalidade podem aparecer associados à Conduta de Fracasso como, por exemplo, as personalidades dependentes que numa perspectiva de promoção no trabalho podem sabotar-se por medo de arcar com responsbilidades. As passivo-agressivas podem atuar fracassadamente para punir um chefe que contava com ela e que ela odeia. A personalidade bordline ou limítrofe pode sabotar-se por uma súbita dúvida sobre seus desejos e uma brutal mudança de humor. A personalidade evitante pode pôr tudo a perder por simples medo de que se exponha mais às pessoas ou às responsabilidades no novo cargo.

Outro exemplo brutal é o caso de mulheres que apanham do marido e por uma dependência associada, não conseguem abandoná-lo. Ou estas mesmas mulheres que se tornam inválidas por estresse ansioso-traumático inerente a tal situação e que as torna passivas sem tomar uma iniciativa.

O tratamento de tal distúrbio deve ser acompanhado por um profissional psicanalista, pois trata-se de conflitos emocionais e psíquicos inconscientes que geram tais comportamentos e, não raro, estão associados a estados mazoquistas. Outra característica que exige um tratamento de fundo psicanalítico é o de Conduta de Auto-Sabotagem estar associada a um componente auto-imune chamado de componente auto-resistente, tornando o caso difícil e impossível de ser tratado com qualquer outra técnica que vá pelo consciente.

Discute-se muito sobre a denominação correta, se seria Conduta de Fracasso ou Comportamento de Fracasso, mas acredito que a denominação popular "Auto-Sabotagem" já descreve bem a situação.

Se você tem tais sintomas, reconhece-se nestas situações ou convive com alguém assim, procure um especialista para iniciar um processo terapêutico, pois o sofrimento psíquico que o indivíduo vive na conduta de fracasso é "des-humano". Mas é possível através de uma análise pessoal entender as causas e fazer mudanças no nosso inconsciente profundo, que se manifestará no comportamento de forma natural, ou seja, através da psicanálise realiza-se uma "reforma íntima" e assim, realizamos a cura "de dentro pra fora".

Roberto Dantas é psicanalista clínico, psicoterapeuta e terapeuta em regressão
contatos com o autor : fones: 11-4107.9765 celular : 7459.7167
email: roberto@mx8.com.br site : www.psicanalistaroberto.clic3.net

A renovação da águia; parábola


(O VÔO DA ÁGUIA - Na decisão de uma ave, um ensinamento para nós)

A águia, a ave que possui a maior longevidade da espécie, chega a viver a 70 anos.

Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria decisão.

Aos 40 anos, está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva, apontando contra o peito. As asas estão envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil! Então, a águia só tem duas alternativas: morrer... ou ... enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo, sem contar a dor que terá que suportar.

Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas velhas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então, mais 30 anos.

Em nossa vida, muitas vezes temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, e outras tradições que nos causam dor.

Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

Pense nisso!

Autor Desconhecido

11 de abril de 2009

Amor infinito



A cada instante a voz do amor nos circunda e partimos em direção ao céu profundo Por que deter-se a olhar ao redor? Já estivemos antes por esses espaços e até os anjos os reconhecem Retornemos ao mestre, que é lá nosso lugar Estamos acima das esferas celestes, somos superiores aos próprios anjos Além da dualidade nossa meta é a glória suprema Quão distante está o mundo terreno do reino da pura substância? Por que descemos tanto? Apanhemos nossas coisas e subamos mais uma vez Sorte não nos faltará ao entregarmos de novo nossas almas Nossa caravana tem por guia Mustafá, a glória do mundo Ao contemplar sua face a lua partiu-se em dois pedaços Não pôde suportar tanta beleza e fez-se feliz mendicante frente àquela riqueza A doçura que o vento nos traz é o perfume de seus cabelos A face que traz consigo a luz do dia reflete o brilho de seus pensamentos Olha bem dentro de teu coração e vê a lua que se despedaça Por que teus olhos ainda fogem dessa visão maravilhosa? O homem emerge do oceano da alma como os pássaros do mar Como há de ser terra seca o lugar do descanso final de uma ave nascida nesse mar? Somos pérolas desse oceano. A ele pertencemos. Cada um de nós. Seguimos o movimento das ondas que se arrastam até a terra e então retornam ao mar E eis que surge a última onda e arremessa o navio do corpo à terra E quando essa onda regressa naufraga

Estou partindo



Estou partindo

Fica
Se te interessa
Através dos jardins, através dos pomares, estou partindo
Meu dia sombrio sem sua face
Eis porque me dirijo agora a chama brilhante no céu

Minha alma corre a frente e diz: o corpo é lento demais, estou partindo
Maças exalam no pomar de minha alma
Seu perfume me invade, me transporta para a colheita das maças
Ventos súbitos não me desviarão
Oh montanha de ferro, cada um dos meus passos dirige-se ao amado
Minha cabeça rompeu-se com a dor de sua perda

Em busca de uma nova vida, cabeça erguida, estou partindo
Sou fogo vivo e mais pareço betume
Quero ser óleo límpido em tua lâmpada e por isso parto
Pareço imóvel como a montanha, mas sigo pouco a pouco em direção a pequena fresca
Estou chegando

Tocaste a órbita do coração celeste
Agora fica aqui
Pudeste ver a lua nova
Agora fica
Sofreste em excesso por tua ignorância
Carregaste teus trapos para um lado e para o outro
Agora fica aqui
Teu tempo acabou
Escutaste tudo o que se pode dizer sobre a beleza desse amante
Fica aqui agora
Juraste em teu coração que havia leite nesses seios, agora que provastes deste leite, fica..

--


Poemas místicos do Oriente:Letícia Sabatella e Marcus Viana

9 de abril de 2009

Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade.

Gosto de gente que ri, chora, se emociona com um simples e-mail, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.

Gente que ama e curte saudade, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais.
Admira paisagens, poeira e chuva.

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!

Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis,
por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.

Gente de coração desarmado,
em ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.

Gente que erra e reconhece, cai e se levanta,
apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentoras suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muito de gente assim como VOCÊ
e desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!
Arthur da Távola

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde

7 de abril de 2009

Essência


Sou o resultado da tempestade
Sou a dança que o fogo move em mim.
Sou quem sabe a semente da mudança
A ira tomada em forma de princípio
Sou parte da Lei que me criou
Sou a liberdade dos ventos
O perfume das rosas
Ou o ferrão das abelhas
Se me entende, me acompanhe.
Se afastar-se de mim, siga à vontade
Serei de ferro se tentar me aprisionar
Serei sangue carmim se me apunhalar
Vim de outras terras para aprender
Que a força da Lei é meu dever
Retorno sem nome nem distinção
Não me tire minha essência
Nem queira traçar meus caminhos
Não se guarda um perfume de rosa entre os dedos
Não se nomeia Luz por um nome só

Fernanda Luz

Breve, muito breve...



Breve oh tão breve a luz
passa por dentro e tranquiliza a noite sem fim
e esperando por você
nossas razões por estarmos aqui

Breve ohh breve o tempo
tudo que nos movemos para ganhar alcançaremos e calma
nossos corações estão abertos
nossas razões para estarmos aqui

há muito tempo, entro no ritmo

breve oh breve a luz
nossa para formar por todo tempo, nosso direito
o sol nos conduzirá
nossas razões para estarmos aqui
o sol nos conduzirá
nossas razões para estarmos aqui

Gotas mágicas Clarice Lispector


Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,depende de quando e como me vê passar.(Clarice Lispector)

Mensagem de um Mestre viajante do tempo e cavaleiro do vento



Por Kiara Windrider

'Não fora nossa intervenção em tempos cruciais, seu planeta já estaria extinto hoje'

'A Terra se encontra no umbral de um nascimento no qual o Criador e a Criação se fazem Um ‘

'Nesse momento, a freqüência dos seres do planeta se elevará numa extraordinária agitação de despertar ‘

Prólogo

Sou um cavaleiro do vento, um viajante do tempo. Volto do futuro para o seu tempo para compartilhar uma mensagem. Quando vivi em seu tempo, perguntavam- me freqüentemente se eu gostaria de ser visitado por alguém do futuro, que tivesse perspectivas e respostas a algumas perguntas bastante complexas e, talvez, algumas soluções para alguns problemas muito angustiantes que enfrentávamos juntos, na cultura humana e no planeta Terra.

Perguntava-me então como seria tal criatura e o que diria. Sou um cavaleiro do vento. Sou um Mestre Ascensionado e viajante do tempo, embora da minha perspectiva não é tanto uma viagem, mas uma dobra através das dimensões, que é parte da consciência de ascensão, como explicarei logo.

Possivelmente, minha própria existência entre vocês, como viajante vindo do seu futuro, pode tranqüilizar, porque têm sobrevivido, sim, como espécie, e, sim, há mais na existência que seu aborrecimento rítmico diário. Muitos alcançaram a maestria da ascensão em meu tempo. Retorno a seu tempo para um propósito específico. Uma grande "mudança de era" se aproxima e há duas correntes principais de probabilidade que se estendem diante de vocês como espécie. Meu propósito é falar sobre estas dois correntes e, possivelmente, apresentar algumas perspectivas.

Tempo de traslado

Primeiro queria oferecer-lhes algumas perspectivas sobre a natureza do tempo. O tempo é uma função de freqüência. Como vocês podem ter vários tons ocupando o mesmo espaço em um acorde musical, assim o Universo é uma construção multidimensional, onde cada dimensão se caracteriza por uma certa freqüência ou densidade. A experiência do tempo do Universo varia segundo sua experiência da densidade.

Na freqüência da terceira dimensão que vocês experimentam atualmente, antes da mudança, o tempo é linear, com um passado e um futuro distintos que se ocultam ou sobrepõem a um “tempo do agora” chamado “presente”. O presente é um momento minúsculo na realidade tridimensional. Nas freqüências mais altas de densidade, seu sentido temporário do agora se amplia grandemente, derrubando a divisão entre o passado e o futuro e permitindo uma experiência muito maior da "presença".

Os xamãs, os místicos, os profetas e os meditadores aprenderam através dos tempos derrubar estas divisões e a viajar a outras dimensões, só para voltar novamente ao que vocês chamam o mundo "real". Alguns, como os aborígines da Austrália, foram bastante fluídos, pois sabiam que viviam entre os mundos, e denominaram a experiência de "o tempo do sono", como sua realidade primária.

Nas viagens entre os mundos, todos estes viajantes pioneiros tinham visões de acontecimentos futuros, assim como o acesso ao passado através das bibliotecas "akáshicas".
Pouquíssimos, entretanto, em toda a história da Terra, puderam dissociar-se muito de uma linha de tempo tridimensional para participar disso realmente ou para modificar acontecimentos futuros ou passados. Há razões para isto e algumas delas têm a ver com a consciência coletiva em um universo de livre-arbítrio.

O próprio ato de participar de um marco de tempo específico permite uma mudança dentro dessa corrente de tempo. Quando entramos no passado, que é seu presente, criamos realmente linhas de tempo paralelas que se entrecruzam com suas atuais oportunidades, semeando novas possibilidades para que sua consciência coletiva as escolha.

Há muitos viajantes do tempo em seu domínio, neste momento, freqüentemente através de um processo de combinação com uma identidade, alguns realmente encarnados em corpos transportados no tempo. Não fora nossa intervenção em tempos cruciais, seu planeta estaria extinto hoje.

Vocês se perguntam por que não ocorreram algumas das profecias mais catastróficas de Edgar Cayce, Nostradamus e diversas escrituras antigas?

Então não estamos interferindo no seu livre-arbítrio coletivo e opções cármicas? Não me arrisco a alterar sua própria corrente de tempo e, ao fazê-lo, negar o livre-arbítrio coletivo? Entendam, por favor, que muitos de nós, os viajantes do tempo, somos aspectos futuros de seus próprios seres, respondendo a uma chamada que vocês mesmos têm feito.

Poderiam nos chamar aspectos de seus próprios seres mais elevados, o que seria uma declaração exata, posto que existimos em uma freqüência dimensional mais alta da sua perspectiva. Também é verdade que a consciência coletiva da Terra, neste tempo, pediu uma ajuda mais elevada, e também somos parte da resposta a essa chamada.

Uma terceira razão pela qual podemos viajar no tempo para seu mundo, neste momento, é a abertura de certos portais do tempo através de alguns experimentos de seu Governo (USA), como o "Experimento Filadélfia". As razões originais de tais experimentos eram questionáveis, mas o fato é que, ao abrir uma brecha nestes portais do tempo, os véus da quarta dimensão se atenuaram ou dispersaram, permitindo não só visitas de outros mundos e dimensões a seu planeta, mas também trazendo todo seu planeta ao limiar de uma mudança para a quarta dimensão!

O experimento

Mencionei anteriormente que havia várias razões pelas quais não foi possível, antes, a participação na viagem no tempo. Outra razão foi que seus místicos e cientistas mais importantes tiveram êxito limitado nesta empresa que é a natureza de seu próprio lugar geométrico tridimensional. Porque, com a finalidade de viajar independentemente no tempo, vocês precisam ter pelo menos um quinto lugar geométrico dimensional.

Precisam estar enraizados em uma perspectiva simultânea, bastante extensa, para que possam abraçar eons de tempo linear em uma variedade infinita de dimensões paralelas. Pouquíssimos mestres ascensionados, em sua história, alcançaram isto, muito poucos mesmo. Por isso, amigos, vocês emergem como espécie.
O início do século XXI é um tempo emocionante para ser vivido por vocês. Não desejo repetir aqui o quanto estão afinados ou harmonizados com isso os mais intuitivos entre vocês.

Direi simplesmente que sim, que vocês estão no umbral de um acontecimento coletivo impressionante, de um "nascimento" , se vocês quiserem, de uma "mudança de era", de um Ponto Zero previsto e aguardado há muito tempo não só pelos xamãs e profetas da Terra, mas também pelas galáxias infinitas.

Por razões que ficarão claras para vocês, o que ocorre agora na Terra repercute em toda a Criação. Um novo ciclo completo de evolução começa através de todos os universos de Deus e este pequeno planeta chamado Terra tem um papel importante a desempenhar, o que certamente é a razão pela qual vocês têm uma galeria tão ampla de espectadores que os observa neste tempo.

Tem que ver com o fato de que alguns dos seres mais evoluídos da criação estão atualmente encarnados na Terra, junto com o arsenal mais diversificado de formas de vida e de origem jamais reunidos, todos encarnados em densidade física em um grande experimento de unificação.

Aqueles de vocês que tiveram experiências de unidade de consciência saberão que não custa muito esforço experimentar a Unidade com o Todo nas dimensões mais altas, enquanto é aqui, na Terra tridimensional, com sua infinita diversidade e polaridade de consciência, onde isso se converte em uma prova de valor e de compromisso. Com tanto anseio da Terra por uma espiritualidade apoiada na necessidade de escapar da dor e do sofrimento do ser humano neste momento, pode surpreendê-los inteirar-se de que estão no fio da consciência de Deus, agora, nesta densidade física.

Se a Terra puder experimentar a unidade na diversidade, em uma dimensão física (terceira ou quarta), ampliar-se-á grandemente a atividade do coração de Deus e o Universo inteiro começará um ciclo de inspiração de volta à Mente de Deus.

Convergência

Porque, sim, há ciclos envoltos em ciclos e mais ciclos em seu nascimento planetário. Não só se aproximam do final de um milênio, mas também se aproximam do final de uma era de Peixes de 2.160 anos. A era de Aquário, na qual entram vocês, não é só o princípio de outra era, é também o princípio de um ciclo inteiro de 25.920 anos, marcado pela precessão dos equinócios. Este ano precedente também reflete a órbita de seu Sistema Solar ao redor de Alcione, o Sol Central das Plêiades.

Duas vezes durante esse ano, incluindo o princípio da era de Aquário, vocês entram na influência de uma corrente de alta vibração de luz unificada, conhecida como o cinturão de fótons, que emana do Sol Galáctico e que sincroniza sua Galáxia inteira com a mente de Deus. Seu Sol Galáctico está completando igualmente sua própria espiral através das galáxias e se aproxima o momento descrito nas escrituras hindus como inspiração de Brahma.

Tudo, até hoje, no ciclo da criação, foi uma expressão do sopro de Deus. Agora é o momento do regresso, quando tudo em todas as dimensões, em todos os universos, se juntam novamente numa oitava mais elevada da Unidade. É como o marcador da quilometragem de seus automóveis que registra até 99.999, antes de voltar para o ponto zero.

O Ponto Zero se refere a uma convergência que ocorre na Terra, que enlaça todos estes grandes ciclos com todas as dimensões, na Criação, na viagem de volta à Unidade. A cúspide de um milênio se enlaça com a cúspide de uma era que, por sua vez, se vincula à cúspide de um ano precedente, à cúspide de um ciclo galáctico e à cúspide da respiração do Criador.

O que significa isto? Como conseqüência da natureza única deste particular Ponto Zero, a Terra se acha no umbral de um momento cósmico de nascimento no qual o Criador e a Criação se fazem Um. Quer dizer, os véus entre as dimensões estão a ponto de desaparecer num momento, ou algo mais que um momento, fora do tempo, tempo suficiente para que a consciência do Criador penetre no coração e na mente de todos os seres encarnados na Terra e, por reflexo, em todos os universos habitados. Neste momento atemporal, é como se toda a Criação respirasse junto com o Criador e, depois disso, estivesse para sempre infundida no Espírito de Deus.

A freqüência de oscilação de qualquer forma de vida tem a ver com sua conexão com o Espírito. Nesse momento de infusão, a freqüência de todos os seres do planeta se elevará em uma agitação extraordinária de despertar. E uma vez que o tempo e a dimensão também têm a ver com a freqüência, vocês serão catapultados repentinamente à quarta dimensão como um acontecimento coletivo.

Como a transição coletiva para a quinta dimensão ainda levará um tempo, alguns de vocês podem encontrar-se passando às freqüências da quarta, à quinta e à sexta dimensão, ativando o processo de ascensão. Foi assim que eu, cavaleiro do vento, tendo me encontrado na sexta dimensão depois da mudança, escolhi dissolver meu corpo de quarta dimensão na luz unificada e encontrei a mim mesmo praticando a habilidade de me transladar através de todos os tempos e dimensões dos universos do Criador.

As duas correntes

Com esses antecedentes, desejo agora falar com vocês sobre as duas correntes de probabilidade que se estendem diante de vocês. A grande mudança sobre a qual falei é inevitável. É uma certeza em todas as prováveis linhas do tempo de seu futuro. Porém, o que acontece realmente neste ponto zero, ou nascimento cósmico, segue sendo indeterminável e depende inteiramente da consciência coletiva latente nesse momento.

Minha existência e a de outros mestres do seu futuro, entre vocês, reflete o fato de que uma porção da humanidade atravessou com êxito a transformação. Essa proporção não é revelada. Mantém-se sempre mudando e desejamos que isso inclua o maior número possível de seres.
Há dois cenários de probabilidade neste tempo.

Um é, no momento do ponto zero, todos os seres neste planeta se trasladarem à quarta dimensão. É o melhor panorama no caso.

O outro é haver uma fratura entre os mundos, quando os que estão dispostos e preparados para transladar-se à quarta dimensão assim o farão, e os que não estão, permanecerão na terceira dimensão para desempenhar seu karma em uma terra paralela que poderia dar lugar à destruição cataclísmica.

Uma terceira probabilidade, alternativa e o pior panorama do caso, e que já não existe, seria seu planeta inteiro ser destruído por um grande cataclismo. Isso parecia uma possibilidade há uma ou duas décadas em seu tempo e, em nome de todos os mestres ascensionados, felicito-os pela mudança de consciência que experimentaram para evitá-lo.

Há uma grande luz na Terra agora. Esta é a razão pela qual acreditamos ser possível mudar, mais adiante, o segundo panorama de traslado parcial para a quarta dimensão, para o melhor deles que é o traslado completo do planeta Terra. Esse é também o motivo do atraso da chegada do ponto zero que assim aconteceu para dar a toda a humanidade a oportunidade de fazer a mudança junta.

Muitas de suas antigas profecias falam da segunda corrente de probabilidade, porque este parecia ser o panorama mais favorável naquele tempo. Jesus falou do "arrebatamento" de dois homens que trabalhavam nos campos, um seria levado e o outro, deixado. As escrituras cristãs, muçulmanas e hebraicas estão repletas de imagens do "dia do julgamento", quando o "justo" seria recompensado e o "mau", castigado.

Também há metáforas nessa era que refletem o primeiro panorama. A história do “centésimo macaco", que é uma descrição conveniente da evolução biológica e espiritual, é um exemplo. É sempre verdade que, quando há um número suficiente de seres que vislumbram e praticam um novo paradigma, a "lei da graça" é então invocada e o resto dos macacos, ou a humanidade, como pode ser o caso, é arrastada junto.

O desafio

O que é necessário acontecer para que a consciência de massa troque a segunda corrente de probabilidade pela primeira? O segundo cenário se apóia no "karma" e o primeiro, na graça. Precisam compreender que a lei da graça é uma oitava mais elevada que a lei do karma. E precisam compreender e aceitar completamente suas sombras pessoais e coletivas.

Quando o Mestre Jesus falou em perdoar seu inimigo, não falou em perdoar suas ações, mas em reconhecer que você e ele, ambos, eram sombra e luz juntas, e que o perdão proporcionava a ambos uma oportunidade de praticar uma alquimia divina, unificando tanto a sombra como a luz na experiência da Unidade. "Ama a seu vizinho como a ti mesmo" disse, porque de fato vocês são o mesmo.

A prova para a humanidade despertada é esta. Vocês podem estender a mão do perdão e do amor neste sentido ampliado a seus irmãos e irmãs na ignorância e na escuridão, um perdão que surge da compaixão, um perdão que acolhe seu vizinho, você mesmo, os senhores da sombra, os traficantes do poder, as forças satânicas, a mente militar, os governos secretos ou qualquer que seja sua versão do que é o inimigo?

Quando vocês agem assim, ativam a lei da graça e acabam com um conflito polarizado que abre a porta para o completo despertar planetário. Mais que isso, proporcionam uma oportunidade de resolver e sanar uma guerra intergaláctica que se alonga por muito tempo e traz consigo muito sofrimento. Asseguram que, na inspiração vinda de Deus, ninguém fique para trás. Para mim, que viajei dentro de seu tempo para semear de novo, esse é o melhor panorama.

Começa com a crença seguida pelo desejo. Saibam que é possível experimentar um nascimento abençoado, unificado e livre da dor, na quarta dimensão e nas outras mais à frente. Saibam também que são capazes de ser os agentes de Deus nesta grande alquimia. Já demonstraram isso ao evitar a terceira probabilidade de destruição cataclísmica.

Agora me despeço e deixo com vocês amor e graça. Saibam que têm uma grande ajuda nesta oportunidade profunda que vem a seguir. Convidem os mestres ascensionados, as irmandades da luz, as hierarquias dos anjos e os Elohim; convidem os avatares e os Santos de todos os tempos, convidem as nações estelares e os conselhos intergalácticos de luz, convidem seus seres mais elevados e o Cristo, convidem os sistemas planetários, solares, galácticos e universais, convidem o Grande Espírito a quem muitos chamam Deus.

Vocês não estão sozinhos e nós não estamos separados!

KIARA WINDRIDER pode ser visitada no site rainytatheluminousgarden.com

O meu olhar


O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914

6 de abril de 2009

Quase amor


Não sigo teus passos, pois isso me anula a pele.
Te sinto apenas, em branda espécie
Te sinto assim em cada fase de Lua
Te sinto na tempestade morna de teu ser tanquilo
Te sinto assim sem tocar, sem nada
No desmerecimento do abandono
No aconchego da saudade
Mas não sinto saudade
Por ti sinto um encanto
Uma vontade de não ser
Um não beijar
Um não afagar
Inerte, assim, tua
Lânguida
Assim, afastada de mim
Encontrada em ti
Um tua aos poucos
Um pedaço de todo
Mas tua...
Tranquilamente
Corpo morno, alma solta
Um beijo roubado de outono
Uma taça de prazer inerente
Um laço desatado
Um amor assim sem nome
Um encanto silencioso
Um espiar de manso na janela
Se vens, te tomo tranquilo
Imerso nas minhas águas
Desnuda de ventanias
Esquecida de mim, assim...
Ébria de teu calmo desejo
Silenciosa e terna
Como se não quisesse te amar
Desejando sem desejar
Querendo que voltes de longe
Ao menos te sinto perto
Neste frenesi aquático
Minhas águas tranquilas
Um corpo entregue a tua quase presença
Ao teu quase amor
Serena
Celebrando minha essência pura...


Fernanda Luz

4 de abril de 2009

"Don" da paz


Brisa leve e morna acercam teu corpo de guerreiro Inca
Na tua morenice branda de Lua
Na tua boca doce e tímida
E toco seu desejo mansamente
Com a sede saciada
Com coração nutrido
Tua doce amizade me acalenta
Nessa tua aura de mansidão e carinho
De dono da paz
De soturno felino estirado

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